PEC 534 APROVADA JÁ!!!

PEC 534 APROVADA JÁ!!!

sábado, 20 de abril de 2013

GUARDA MUNICIPAL DE SERRINHA (BA) FARÁ A SEGURANÇA DE MARIA DA PENHA DURANTE SUA VISITA A CIDADE



A cidade de Serrinha vai receber no próximo dia 29 de abril a farmacêutica cearense Maria da Penha Maia Fernandes, de 67 anos, marco recente mais importante da história das lutas feministas brasileiras. A Guarda Civil de Serrinha estará fazendo a sua segurança durante todo o seu período de estadia na cidade. Para a ocasião, a GCM já selecionou e preparou todo o pessoal necessário para a ação, e com demais prepostos que ficarão de pronto emprego caso existe a necessidade de reforço na segurança.
Na ocasião, ela fará uma palestra para contar a própria história e falar sobre a Lei nº 11.340 que leva seu nome e defende o direito de mulheres agredidas pelos companheiros.
O evento que foi articulado por Alex da Saúde (PP) com o apoio da prefeitura municipal de Serrinha, acontecerá no auditório da Associação Atlética Banco do Brasil (AABB), às 19h.
Segundo ele, é a primeira vez que ela vem à Bahia para um evento institucional. "Estou muito orgulhoso em conseguir trazer para nossa cidade (Serrinha) o maior símbolo da defesa dos direitos da mulher. Esse será um momento de aconselhamento principalmente para as mulheres que vivem em situação de violência", enfatizou. 
História - Em 1983, enquanto dormia, recebeu um tiro do então marido, Marco Antônio Heredia Viveiros, que a deixou paraplégica. Depois de se recuperar, foi mantida em cárcere privado, sofreu outras agressões e nova tentativa de assassinato, também pelo marido, por eletrocussão. Procurou a Justiça e conseguiu deixar a casa, com as três filhas.
Depois de um longo processo de luta, em 2006, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei nº 11.340, conhecida por Lei Maria da Penha, que coíbe a violência doméstica contra mulheres.
Todo o processo começou no Centro pela Justiça pelo Direito Internacional (Cejil) e no Comitê Latino-Americano de Defesa dos Direitos da Mulher (Cladem). Os dois órgãos e Maria da Penha formalizaram uma denúncia à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) contra o então marido dela, o colombiano Heredia Viveiros. Paralelamente, houve um grande debate após apresentação de proposta feita por um consórcio de ONGs (Advocacy, Agende, Cepia, CFEMEA, Cladem/Ipê e Themis), que ganhou grande repercussão internacional e colocou as autoridades do País em cheque.
A discussão então chegou ao governo federal, coordenada pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres. Formou-se um grupo de trabalho formado por representantes de diversos ministérios, responsáveis pela elaboração de um projeto de lei, encaminhado ao Congresso Nacional.
Antes da sanção da lei, em 2005, foram realizadas muitas audiências públicas para preparar o texto que criasse mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher.
Também foi sugerida a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; além da alteração do Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal. A Lei Maria da Penha entrou finalmente em vigor.
Nove anos depois da segunda tentativa de assassinato, Heredia foi condenado a oito anos de prisão. Por meio de recursos jurídicos, ficou preso por dois anos. Está livre desde 2002. Hoje vive em Natal (RN).

Fonte: Redação Portal Clériston Silva PCS

0 Comentários: